sábado, 17 de julho de 2010

A mensagem que eu sinto

A mensagem que eu sinto
É a da criança esquecida
Sufocada
Sob os princípios
Da vida massificada
Pelo peso
Dos “eruditos”, “maduros”,
“responsáveis”,
“perfeitos”, “convencidos”...

A mensagem que eu sinto
É a da criança que sonha,
Que vê maravilhas
Onde os outros nada vêem
Que toca com as mãos
Nas coisas sonhadas
E sente que as tem
Mesmo que ainda não as possua...
A mensagem que eu sinto
É a da criança que busca
Um mundo, onde possa crescer,
Onde possa amar,
E falar das “ninharias” necessárias
Como a esperança...
A Paz...
A Ternura...
A mensagem que eu sinto
É a da criança que brinca
Na vida que não lhe pertence
E constrói Palácios,
E faz um rei e uma rainha...
E fadas...
E vara de condão,
Que transforma
A indiferença em amor,
O desespero em Esperança,
O sujo em limpo,
A morte em vida,
O ruído em melodia,
A dúvida em certeza...
A mensagem que eu sinto
É a da criança esquecida
Nos jantares de festa,
Na paz mascarada
Do Natal dos Homens...
A mensagem que eu sinto
É a da criança
Que nada tendo
Tudo possui...
Ariam

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