Tudo era vida
Naquele vale,
Onde as realidades da existência
Eram tão simplesmente visíveis...
Naquele vale,
Onde as realidades da existência
Eram tão simplesmente visíveis...
Aí comecei a sentir,
E aprendi a acariciar
A lã macia do cordeiro,
A aceitar a dureza,
A frieza da rocha,
Descobrindo que
Nela o escultor
Esculpe o seu trabalho...
Aprendi a vestir-me
De folhas de eucaliptos novos;
A sentir a macieza da relva;
A olhar para a limpidez dos ribeiros,
Cuja água cristalina
Me fazia reflectir
No seu espelho.
Aprendi a sentir
O cheiro da terra
Molhada pela chuva
Ou ressequida pelo sol...
Aprendi a sentir
A doçura da noite
Salpicada de estrelas
E prateada pelo luar...
A doçura da noite
Salpicada de estrelas
E prateada pelo luar...
Aprendi a ouvir música no silêncio,
Ou no bater da chuva nas janelas
Daquela casa
Plantada no vale...
Ou no grito nocturno da coruja,
Ou no cantar dos pássaros,
Ou nos sons naturais
Vindos de algum lado...
Ou no bater da chuva nas janelas
Daquela casa
Plantada no vale...
Ou no grito nocturno da coruja,
Ou no cantar dos pássaros,
Ou nos sons naturais
Vindos de algum lado...
Aprendi a acariciar o pôr-do-sol
Com o pensamento...
Com o pensamento...
Aprendi a sonhar
E a pensar
Que é possível
Construir um mundo diferente!...
E a pensar
Que é possível
Construir um mundo diferente!...
Ariam
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